Ameba´S Reflexões - No apagar do Ano)

No apagar do Ano) 


       31 de dezembro se aproxima, e com ele o dilema: esquecimento ou esperança?
           Fim de ano, o dueto Natal-Reveillon, luzes cintilam cidade afora, destas mil festas, onde toda união parece realmente sincera. Deixando de lado a veia crítica (obs.: NECESSIDADE), desejaria que todos os meses e anos fossem iguais a estes dias (24 a 31). Queria que tudo acabasse em luzes, dissipando o acinzentado desta selva sem cor nem vida. Também queria que os tantos sorrisos e abraços fossem parte natural da relação social ...Desculpe, posso pedir mais? Que o amor estivesse no ar 24 horas!
       Doze meses se vão, outros virão. Alguns ficarão encaixados na história, tantos queimados na memória. E a velha sensação de que tudo passou tão rápido, mas tão rápido, que logo pensaremos o mesmo no ano que já vem.
         Conseguinte a esse novelo que se desenrola, a certeza de que somos parte deste mesmo tempo, ladrão de nossa mocidade, acrescentando as marcas de sua vinda passageira, contudo, que deixa saudades. Dos rastros que ficam vemos as pegadas do esquecimento. Dos tantos fatos que macularam a limpidez daquele rio denominado vida. Aqueles tantos que quando trazidos à superfície acabam por apertar este fraco coração, frágil sofredor que cumpre as penitências de um aprendizado.
         Sim, falo para esquecer! Pois há tanto para se esquecer... Toda estação acaba no eixo lembrança-esquecimento, e quando parte da vida fenece, é o findar do sofrimento, algoz da dádiva de existir. É realmente o lado obscuro, quem sabe perverso da experiência. Esquecer, e esquecer. Única fenda a muitos que desejam ver o sol do porvir, apaziguadora fuga a você -  a mim - que teve motivo para não lembrar.
         Aqui encerro este lado da cara metade, desta coexistência que mantém o equilíbrio. Desejo que o esquecimento seja um cálice que entorpece, para que seja esquecido tudo o que se quer esquecer.
         Logo, virando o rosto desta face de dois lados opostos, nos deparamos com a esperança. Caminho sublime que nos incita a continuar.
         Desejo que esse sentimento, permita chamá-lo assim, inunde nossas almas de uma maneira edificante, a fazer com que olhemos para trás com a visão de que tudo pode mudar. Basta acreditarmos. E que esta crença transforme  os dias em singulares oportunidades para se viver.
         É o saldo positivo ao fim de mais uma extensa jornada. Saber que promessas podem se tornar realidade, ser consciente de que se pode tocar aquilo que somente os sonhos abrigam. A ela (esperança) devemos o fôlego que ainda nos faz respirar, mesmo tendo opressões que vira e mexe tapam o ar.
         Entre o esquecimento e a esperança, quero que estejamos suficientemente maduros para conviver com as diferenças desta relação diária. Tomara que os esquecimentos nos esvazie, a ponto de nos deixar leves para flutuar numa brisa qualquer de verão. Quanto à esperança... Ah! Que bebamos dessa fonte jovial, que nos faz renascer ano após ano, com a convicção inexata de que o amanhã reserva algo muito bom. Especial.


                                                                                  Rodrigo.
     

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