Esqueça a Inclusão...
Creio que um dos temas mais discutidos nas rodas da realidade consista na teoria da Inclusão Social. Fazer com que integrantes de outras classes emerjam a pólos sociais mais elevados. Até aí tudo bem, discurso lindo, e maravilhoso, o qual contempla a igualdade humana, distinta pelas leis sociais que a oprime.
Entretanto, observando atitudes de semelhantes, não sou a favor da inclusão. Pelo menos em sua totalidade.
Antes que me julgue, não sou da camada burguesa - nem frequentei um jockey club -, muito menos pertenço a uma dinastia familiar - tipo Matarazzo - , ah! meu sobrenome é Silva. Risos. Minha opinião advém de uma série de atitudes praticadas por indivíduos de mesma classe... Eles furam fila, jogam lixo pela janela do ônibus, deixam aquela porcaria de celular no último volume enquanto escutam música, não zelam pelo local em que moram, destroem a escola, batem em professores, etc., etc., etc., etc.
Agora me diz, tem condição de haver inclusão total?! Acredito numa inclusão em que haja respeito ao próximo, esse é o fundamento necessário. Agora, se não existe nem respeito, quem dirá consciência. Consciência quanto à diferenciação entre público e privado, em que o interesse individual sobrepuja o conceito coletivo, infelizmente na maioria dos casos.
Verdade é que não estamos nem aí, tiramos o "nosso" da reta, que se exploda o resto! Que bela mentalidade, e ainda reclamamos das condições a que estamos submetidos. Não reclamemos, ainda bem que há exclusão, pois se houvesse inclusão total - ENTENDA O TERMO TOTAL - o caos seria bem maior do que já é.
Antes de incluir vamos pensar no outro, e de que forma "eu" o afeto por meio de minhas ações. Mais ainda, não vamos perder a voz ao xingar as entidades públicas, uma vez que os bueiros são tapados por lixos e mais lixos jogados nas ruas. Não vamos exigir saneamento básico, se nas ruas depredam postes, pontos de ônibus e orelhões. Esqueçam o lazer, se nas praças públicas roubam o material do parque para vender na esquina.
Precisamos exigir, depois de termos consciência. Aí a luta terá motivos, pois o que vejo é uma série de ecos vazios, sem causa. Coloquemo-nos no lugar do outro, e o panorama alterará a dimensão dos problemas. Torço pela revolução social, mas que ela parta de nós com atitudes... Sobretudo a cotidiana.
Rodrigo.
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